Este meu Blog centra-se principalmente na cozinha tradicional portuguesa. Com maior destaque para a fascinante cozinha regional Alentejana, citando nomeadamente as suas tradições, origens, costumes e história. Pretendo também inovar e alterar/enriquecer à minha maneira algumas das receitas tradicionais, oferecendo-lhes um ar mais moderno e inovador mas sempre mantendo os ingredientes tradicionais da região.

O Alentejo e sua Gastronomia / Sines




A região do Alentejo é uma região estatística (NUTS II) portuguesa, que compreende integralmente os distritos de Portalegre, Évora e Beja, e a metade Sul do distrito de Setúbal e parte do distrito de Santarém, sendo assim a maior região de Portugal. Limita a norte com a região do centro, a este com a Espanha, a sul com a região do Algarve e a oeste com a região de Lisboa e também com o Oceano Atlântico. Tem uma área de 31.551,8 Km2 (34,26 % do território português) e 757.190 habitantes (censos 2011) (7,6 % do continente).
O Alentejo divide-se em 5 sub-regiões e compreende 58 concelhos/municípios.

Gastronomia do Baixo Alentejo

A carne de porco e de borrego são a base da gastronomia tradicional desta sub-região, juntado-se-lhes as espécies cinegéticas como o javali, o coelho, a lebre, e a perdiz.
O pão, o azeite e as ervas aromáticas são ingredientes fundamentais desta cozinha mediterrânica, dando sabor às sopas, migas, ensopados e as açordas.
Os vinhos, queijos, enchidos e presuntos - alguns com Denominação de origem - são elementos indispensáveis da boa mesa alentejana.
Os ovos, a gila e a amêndoa são elementos integrantes da confeitaria, sendo de salientar a doçaria conventual. Cada localidade tem as suas especialidades gastronómicas.

A gastronomia alentejana é uma referência para qualquer apreciador de comida portuguesa. Em tempos, houve no Alentejo muito pouca variedade de comida, tendo sido, por isso, desenvolvidas receitas originais que tinham maioritariamente como base água, ervas, um pouco de peixe ou carne, azeite e pão, o que resultou numa combinação deliciosa e muito saudável.

O Alentejo é cheio de tradições e a cozinha tradicional alentejana é uma arte. Durante muitos séculos foram imaginadas, criadas e confeccionadas receitas que foram transmitidas ao longo de várias gerações.
Noutros tempos a alimentação das famílias estava limitada ao que era cultivado, para de que o trabalho exigia muito esforço físico e as refeições tinham alto valor calórico. Com o passar dos anos e com a mudança de hábitos da sociedade as necessidades nutricionais foram-se alterando, daí que podemos e devemos manter a nossa tradição, embora tenhamos que fazer algumas alterações, quer a nível de confeção de alguns pratos tradicionais, quer a nível da frequência com que os consumimos (não mais do que duas vezes por mês). Sendo a antiga cozinha alentejana rica em calorias e pouco saudável, foi necessário criar algumas receitas tradicionais alentejanas mais saudáveis e menos calóricas.

A prática de uma alimentação saudável está indicada para todos os que valorizam a saúde. Se a alimentação for correcta, constitui um pilar fundamental na prevenção e controlo de algumas patologias, como é o caso da obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares.
Uma alimentação pobre em açucares, rica em fibras e produtos hortícolas, com pouco sal e com poucas gorduras é extremamente importante para quem quer ter um estilo de vida saudável.
Comer de forma saudável é, não só diversificar o método de confecção, mas também respeitar as tradições gastronómicas da região e outras características físicas e sociais da população. Deve ter-se sempre em consideração, por um lado as necessidades nutricionais de cada alimento.

Uma região com valores únicos

Da calma paisagem das vastas lezírias do Ribatejo aos extensos terrenos áridos e dourados do Alentejo, a paisagem calma não é mais que uma cortina que esconde um património inimaginável.
O turista é apanhado de surpresa pelos remarcáveis traços de sucessivas culturas: dolmens e cromlens, vestígios árabes e romanos misturados com os mais recentes sinais do cristianismo, do qual os castelos medievais são claro exemplo.
No sul, Baixo Alentejo, pouco povoadas são as vastas planícies, as sombras são proporcionadas pelas oliveiras e pelos carvalhos e os únicos locais frescos são as represas e barragens. Uma visita ao Alvito, a Beja, a Serpa e a Mértola valerá sempre a pena. A costa alentejana oferece ao turista magnificas praias atlânticas. Sendo uma região com a maior amplitude térmica (desde os 5 ºC ou sobre os 33 ºC), as zonas povoadas das planícies estão muito dispersas e com vastos horizontes entre elas, onde a vida segue ao ritmo das canções regionais.


Sines




Sines, cidade onde habito, esta terra encantadora que me acolheu com tanto carinho e onde tenho fortes ligações. Elevada a cidade em 12 de Julho de 1997, Sines é sede de município com 203,30 km2 de área e 14.238 habitantes, subdividido em duas freguesias, Sines e Porto Covo. Faz parte do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Possui o maior PIB per capita dentre todos as cidades (concelhos) de Portugal.
A história de Sines tem sido sobretudo moldada pelo mar. Desde a pré-história aos dias de hoje foi o mar com os seus recursos que definiram a economia, a cultura, a composição e até o carácter das suas gentes.
Há evidências da existência de humanos na área do concelho desde a Pré-História. Alguns desses vestígios de povoamentos estão hoje a descoberto em estações arqueológicas como a Palmeirinha e a Quitéria. 
Os Celtas e Púnicos também terão andado por Sines.
Com os Romanos, o concelho define-se pela premira vez como centro portuário e industrial. A baía de Sines é o porto da cidade de Miróbriga. O canal da Ilha do Pessegueiro está ligado a Arandis (Garvão). Sob o poder de Roma, Sines e a Ilha são pólos industriais com complexos de salgas de peixe.
A segunda hipótese de etimologia de Sines é também romana: "Sinus".
A Alta Idade Média, em que a região teve ocupação por Visigodos e Mouros, é o período mais obscuro da história de Sines, Sines é praticamente abandonada. Povoação da Ordem de Santiago, com sede em Santiago do Cacém. Sines adquire autonomia administrativa em 24 de Novembro de 1362. D. Pedro I concede carta de elevação de Sines a vila interessado na sua função defensiva da costa, colocando como condição a construção do castelo.

Actualmente, para além de todo complexo industrial, a pesca, o turismo e os serviços são as actividades com maior relevância no concelho.



São Torpes



Um dos primeiros mártires e santos cristãos, cujo o seu corpo foi encontrado e sepultado em Sines.
Existe uma profunda devoção ao santo e uma praia no concelho com o seu nome.








Vasco da Gama



Sines, terra natal de Vasco da Gama, navegador e explorador português, destacou-se por ter sido o comandante dos primeiros navios a navegar da Europa para a Índia, na mais longa viagem oceânica até então realizada, superior a uma volta completa ao mundo pelo Equador.








João Martins



Eu como sportinguista que sou, não poderia deixar de referir aqui o João Martins, jogador do Sporting Clube de Portugal e da Selecção Nacional de futebol nos anos 50, foi considerado o "sexto violino". É o mais destacado atleta nascido em Sines.














Santiago do Cacém



Santiago do Cacém, terra onde vivi durante alguns anos e onde tenho também fortes ligações. 
A pacata cidade é dominada pelo castelo de origem árabe, reconstruído pelos templários em 1157, e das suas muralhas avista-se um soberbo panorama da Serra de Grândola, a nordeste. 
As muralhas da fortaleza também rodeiam o cemitério da Igreja Matriz, do século XIII e com um relicário de prata que se diz conter um fragmento do Santo Lenho. 
Num monte perto de Santiago do Cacém, em Miróbriga, foram encontrados importantes vestígios de um antigo centro romano, e as escavações já puseram a descoberto um forum, dois templos, termas e um coliseu.

Sem comentários:

Enviar um comentário