PÃO ALENTEJANO
O pão, grande, de cabeça e com grandes buracos, sem igual no país e nem mesmo no mundo, o nosso "panito" alentejano faz parte de uma imensa quantidade de receitas. É um alimento muito saudável. Com o seu aroma inebriante ao sair do forno de lenha, ou já um pouco duro, com dois, três ou ainda mais dias depois, com o mesmo sabor, um autêntico manjar dos deuses.
O seu aroma e sabor a ceara ceifada são-lhe realçados pelos condimentos durante a sua preparação. Todos os sabores, tal como em Itália com as massas, divulgadas em todo o mundo, se poderão combinar com este pão, tantas quantas forem as carnes, as ervas, os peixes ou as hortaliças que sabiamente se lhe adicionarem.
AZEITE
O azeite, tempero de abstinência mas também tempero da açorda quase diária, foi um alimento sempre presente na alimentação alentejana. O desejo de abundante azeite nas sopas e, principalmente, na referida açorda, levava os trabalhadores que comiam por conta do patrão a chamarem «açorda cega» quando os «olhos» do azeite não apareciam, em profusão, à superfície da água da sopa.
A forma como o azeite era utilizado fora do domínio alimentar, num desempenho fortemente simbólico, reforça a sua importância indispensável na cozinha alentejana.
É na extensa área de olivais que se estende pelo interior do Baixo Alentejo que o azeite de Moura é produzido. Feito a partir de três variedades de azeitonas: Verdeal, Galega e Cordovil, é particular pela sua fraca acidez, cor amarelo-esverdeada e odor e sabor frutados. Elemento gastronómico essencial, tem grande importância na região, tendo sido utilizado há não muitos anos, como forma de pagamento. Ainda hoje se mantém activo, e em boas condições, um antigo lagar manual na cidade de Moura.
O azeite de Moura é considerado o melhor da Europa, encontra-se certificado com a Denominação de Origem Protegida (DOP).
É na extensa área de olivais que se estende pelo interior do Baixo Alentejo que o azeite de Moura é produzido. Feito a partir de três variedades de azeitonas: Verdeal, Galega e Cordovil, é particular pela sua fraca acidez, cor amarelo-esverdeada e odor e sabor frutados. Elemento gastronómico essencial, tem grande importância na região, tendo sido utilizado há não muitos anos, como forma de pagamento. Ainda hoje se mantém activo, e em boas condições, um antigo lagar manual na cidade de Moura.
O azeite de Moura é considerado o melhor da Europa, encontra-se certificado com a Denominação de Origem Protegida (DOP).
CAÇA
No Alentejo, terra por excelência para a caça, a sua importância na dieta alimentar, tanto na cozinha de campo como na cozinha da cidade, ficou marcada desde tempos remotos, mas foi na Idade Média que se estabeleceram receitas ainda hoje inalteráveis na cozinha tradicional alentejana.
MATANÇA DO PORCO
A partilha da cachola, ou rexina, e o convite de amigos para a matança do porco, centrava-se mais na forma de uma participação e dádiva do que na necessidade de ir à procura de braços para um trabalho coletivo. A cachola constitui uma receita carregada de valores simbólicos. Fazendo parte da «liturgia do sangue» é confecionada com sangue, símbolo da vida e com fígado, que diz-se que é o lugar simbólico das paixões e da amizade.
Matar um porco constituía uma cerimónia muito ritualizada, porque se tratava da carne para garantir a subsistência do ano, e o facto de o seu dono fazer comer dessa mesma carne os amigos e os vizinhos constituía uma prova de generosidade e de inserção do ofertante na comunidade na qualidade de membro de respeito.
A troca dos «fritos» de Natal e Carnaval era outra forma das ofertas cíclicas, proclamando a boa intenção das pessoas que ofereciam.
PANELA DE FERRO
A panela de ferro, estava sempre ao lume de forma a proporcionar água quente. Era utilizada para cozinhar e a sua capacidade variava consoante o número de pessoas para quem se cozinhava. Era costume dizer-se que quanto maior era a panela melhor era o paladar dos pratos nela cozinhados. As sopas constituíam as receitas aí confecionadas sendo especialmente apreciadas as de feijão e grão.
CARNE DE PORCO PRETO
Carne de grão fino, muito saborosa e
suculenta, que é obtida a partir da raça suína
de pele preta (porco ibérico) do sudoeste da
Península Ibérica. O seu gosto intenso,
devido à concentração intra-muscular da gordura,
distingue-a da carne de porco comum.
O porco ibérico alimenta-se à base de
bolotas, ervas secas e plantas e a sua carne
dá origem a uma variada salsicharia produzida
no Baixo Alentejo.
CATALÃO DE BARRANCOS
Enchido de carne seleccionada de porco preto que obedece a um processo rigoroso de produção: a carne é picada e temperada com sal e com especiarias, fica entre 24 e 48 horas em fermentação e por último, já com forma de enchido (cilindro de 3 cm de diâmetro e de 30 a 35 cm de comprimento), é atado manualmente nas duas extremidades e depurado em fumeiro de lenha de azinho.
O seu nome remete para os refugiados catalães que no período da Guerra Civil Espanhola chegaram à vila fronteiriça de Barrancos. De lá para cá, o catalão tornou-se um enchido típico e exclusivo daquela área, sendo muito apreciado por quem por ali passa.
QUEIJO DE SERPA
Em Serpa e arredores, o queijo é dos
produtos mais procurados. É curado e de
pasta amanteigado, podendo entornar. Tem
cor branca-amarelada, que escurece ao secar,
e um aspecto untuoso. A casca é fina e maleável,
ligeiramente rugosa.
A forma de criação das ovelhas é a
tradicional, tal como a de fabrico: coalha-se o
leite por acção da infusão de cardo e trabalha-se
o queijo duas vezes por dia após a ordenha.
O queijo de Serpa é certificado pela Indicação
Geográfica Protegida (IGP).
É com ele que se fazem as tão apreciadas
queijadas de Serpa.
OS VINHOS
Os vinhos das sub-regiões da Vidigueira, Moura e Granja-Amareleja do Baixo Alentejo são muito apreciados pela elevada qualidade das castas que os compõem, tendo merecido a designação DOC (Denominação de Origem Certificada) "Alentejo".
Os tintos têm cor rubi ou granada, possuem aromas intensos a frutos vermelhos e um paladar macio, adquirindo complexidade com o envelhecimento. Alguns deles são ainda produzidos a partir de métodos ancestrais, como a fermentação em talhas ou em lagares, mas a grande maioria conta já com processos modernos de vinificação em recipientes inox a temperaturas controladas.
Os vinhos brancos são frescos e aromáticos, tornando-se mais complexos com a associação habitual de contas, e o seu processo de fabrico passa, predominantemente, pela fermentação do mosto límpido a temperaturas controladas e engarrafamento enquanto jovens.
QUEIJO DE SERPA
Em Serpa e arredores, o queijo é dos
produtos mais procurados. É curado e de
pasta amanteigado, podendo entornar. Tem
cor branca-amarelada, que escurece ao secar,
e um aspecto untuoso. A casca é fina e maleável,
ligeiramente rugosa.
A forma de criação das ovelhas é a
tradicional, tal como a de fabrico: coalha-se o
leite por acção da infusão de cardo e trabalha-se
o queijo duas vezes por dia após a ordenha.
O queijo de Serpa é certificado pela Indicação
Geográfica Protegida (IGP).
É com ele que se fazem as tão apreciadas
queijadas de Serpa.
OS VINHOS
Os vinhos das sub-regiões da Vidigueira, Moura e Granja-Amareleja do Baixo Alentejo são muito apreciados pela elevada qualidade das castas que os compõem, tendo merecido a designação DOC (Denominação de Origem Certificada) "Alentejo".
Os tintos têm cor rubi ou granada, possuem aromas intensos a frutos vermelhos e um paladar macio, adquirindo complexidade com o envelhecimento. Alguns deles são ainda produzidos a partir de métodos ancestrais, como a fermentação em talhas ou em lagares, mas a grande maioria conta já com processos modernos de vinificação em recipientes inox a temperaturas controladas.
Os vinhos brancos são frescos e aromáticos, tornando-se mais complexos com a associação habitual de contas, e o seu processo de fabrico passa, predominantemente, pela fermentação do mosto límpido a temperaturas controladas e engarrafamento enquanto jovens.
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